Resumindo capítulos - A Elegância do Ouriço

 


  Aqui separei alguns resumos por capítulos de A Elegância do Ouriço, de Muriel Barbery, que achei interessante destacar. A cada leitura, decidi resumir os capítulos para ser mais fácil na hora da resenha. Eis o que estou fazendo fora dos encontros síncronos...

    Capítulo 1 - No primeiro capítulo do livro intitulado "Quem semeia desejo", vemos a figura de uma zeladora aparentemente simples( Renée), que está em um dia normal de trabalho e um jovem herdeiro (Antoine Pallières) "fala" para ela o quanto Marx o inspira e muda sua forma de ver o mundo, ela surpresa por aquele jovem ter falado com ela, responde que para entender que Marx está errado, tem que ler "Ideologia Alemã", ele fica sem entender, pois para aquele jovem rico e toda a burguesia, uma simples zeladora não poderia ler livros de tais níveis e também não poderia ter tais conhecimentos. Ela apenas mandou lembranças à mãe dele e fechou a porta.

    Capítulo 3 - Josse, uma menina de 12 anos, acha que todos os adultos são chatos, medíocres e mentirosos, se denomina inteligente para sua idade (até demais) e que a vida não faz sentido nenhum, já que não faz sentido, não importa quem é bem-sucedido ou não, estão no mesmo barco, porque nada tá certo. Ela decidiu que vai se matar (porque nada importa e faz sentido, então nada vai ficar melhor) com calmantes, que roubou de sua mãe, no seu aniversário de 13 anos e que vai atear fogo em seu apartamento para que seus pais deem mais valor a vida de outras pessoas e que não se sintam maior que ninguém, como por exemplo, maior que as pessoas que morreram queimadas em um pequeno quartinho na África. 

    No capítulo 23, a menina fala que adora assistir TV, ou melhor, os programas de TV, assim ela fica envolvida naquilo tudo, como se fizesse parte de sua vida, como se fosse com ela, a faz sentir as emoções todas. Ela dá um exemplo de quando estava assistindo nado sincronizado e o quanto ela ficava ansiosa, achava aquilo um máximo e sentia a energia do momento. Quando uma menina se atrasou nos movimentos, lhe deu raiva. Então ela questiona o fato de que "E se a literatura fosse uma televisão que a gente assiste para ativar nossos neurônios-espelhos e ter, sem grande esforço, os arrepios da ação? E se, ainda pior, a literatura fosse uma televisão que nos mostra tudo aquilo em que fracassamos?". "todas essas coisas que passam, que deixamos de ter por um triz e que são perdidas para a eternidade...(...) O fracasso por um triz...". 

   Capítulo 29 - "Pois existe distração mais nobre, existe mais distraída companhia, existe mais delicioso transe do que a literatura?" Então, Renné fala em como a literatura lhe salva dos dias frustrantes e também que a escrita é uma arte ceifadora (acho que seria algo em que, cada vez que escreve, morre uma frustação). Ela fala que ao escrever, já não é mais a escritora, é uma espectadora, vê a obra de forma distante, como se não fosse dela.

    Capítulo 31 - Neste capítulo, conhecemos o novo morador do antigo apartamento dos Arthens, é um senhor de aproximadamente 60 anos, japonês, cujo nome é Kakuro , este senhor é um pouco misterioso, ele fala com Renné de uma forma diferente, como se fossem parecidos (na filosofia), ele a intriga.

    Neste capítulo (33), a menina Josse fala sobre a repercussão que o novo morador japonês está causando, fala que todos estão apaixonados por ele, ela também está, mas de outra forma, pois ela o vê como alguém sábio que vê além do que enxerga. Essa foi sua conclusão ao ter uma breve conversa com o Sr. Ozu no elevador. Ele ensinou um pouco da pronúncia das palavras em japonês e a perguntou sobre a Sra. Michael (Renné), para ele, ela parece ser muito mais que uma simples concierge e muito inteligente, a menina concorda e os dois desejam investigar. Então ele diz: "A Sra. Michel tem a elegância do ouriço: por fora, é crivada de espinhos, uma verdadeira fortaleza, mas tenho a intuição de que dentro é tão simplesmente requintada quanto os ouriços, que são uns bichinhos falsamente indolentes, ferozmente solitários e terrivelmente elegantes."

    Capítulo 36 - Paloma Josse fala em como alguns professores ensinam de forma errada, apenas impondo leituras técnicas, focando na gramática etc., sendo que poderiam incentivar perguntando o que os alunos acharam da leitura. Também fala que os professores ensinam gramática, mas não nos dizem para que serve, o porquê daquilo, como funciona, é tipo no modo automático, sem sentido. A menina comenta a beleza da gramática "de saber que há várias naturezas de palavras e que devemos conhecê-las para concluir sobre seu uso e suas possíveis compatibilidades, isso já me transporta".

    Capítulo 61 - "De que serve a inteligência senão para servir?" "Então devo me preocupar com o progresso da Humanidade, com a solução dos problemas cruciais para a sobrevivência, o bem-estar ou a elevação do gênero humano, o advir da Beleza no mundo ou a cruzada justa pela autenticidade filosófica."

    

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